(Lucas 19:1 a 10)
Meu nome é Zaqueu, sou um dos Judeus que se ofereceram aos romanos para coletarem os impostos do povo. Somos chamados de Publicanos, acompanhada, essa denominação, de um adjetivo denegridor: ‘Corruptos’.
De fato, olhando para o passado, há alguns anos atrás, eu procedia com desonestidade, cobrando além do correto e ficava com o que restava a mais.
As pessoas sabiam, tinham consciência disso, e por isso, não gostavam de mim, raramente me cumprimentavam, não me convidavam para suas festas, reuniões, aniversários, Hanukah, Pessah ... Nada!
Eu era e me sentia desprezado, depreciado, renegado, repelido e posto de lado, como se fosse leproso, pelas sociedades Hierosolimitana e Romana.
No começo tudo era motivo de felicidade! Eu estava montado na grana! Realizei todos os meus sonhos de consumo! E não tinha pejo e nem vergonha!
Meu lugar preferido, para montar minha tenda e receber os impostos, era grudado ao Templo do Senhor!
Pelo fato dos judeus irem ali para orar, dizimar e ofertar, além dos estrangeiros que iam trocar dinheiro com os cambistas, o movimento aí era intenso e o tilintar das moedas soava como música aos ouvidos dos gananciosos.
Havia, também, os vendedores de pombinhos, rolas, passarinhos, cordeiros, carneiros e todo tipo de animais para serem vendidos àqueles que iam sacrificar no Templo.
Eh! ... Até o dia em que um tal de Jesus – que se dizia Filho do Deus Altíssimo e Senhor de um Reino que não era daqui – resolveu limpar e pôr ordem no ambiente, gritando que ali era “Casa de Oração” e não casa da mãe Joana!...Nem covil de ladrões!!!
E, foi aí, que fiquei sabendo de tudo o que Ele fazia: milagres, curas, transformava as vidas, e as pessoas voltavam a sorrir, a serem felizes novamente!
Nessa época, eu já estava depressivo, frustrado, amargurado, sentindo-me rejeitado, feio, baixo (nos dois sentidos), complexado e me achando o ser mais abjeto do mundo, a auto-estima estava a zero; o orgulho se transformou em humilhação constante ...
Eu me sentia um farrapo humano, ignóbil, detestável!
Até o dia em que, ao ficar sabendo que Jesus iria passar por Jericó, resolvi seguí-LO e tentar uma aproximação, para minha transformação, e Lhe pedir que me arrancasse daquele poço, do abismo em que me afundara!
A multidão que O cercava me impedia de vê-LO, assim como a multidão de meus pecados me impediam de ver a Verdade, a Salvação; me impediam e obscureciam minha fé!
Então, mais que rapidamente, me levantei do banquinho em que estava assentado, e procurei, procurei até encontrar aquele sicômoro (figueira egípcia) alto e lá subi eu, para olhar e ver Jesus, ansiando que Ele me curasse só por me olhar!
E, lá vinha Ele, o Messias, a minha esperança de justificação, purificação e salvação!
E a multidão O acompanhava aos gritos e empurrões: Jesus! Jesus! Me cura! Olhe para mim! Salve meus filhos! Eu quero enxergar! ... Eram várias pessoas com uma imensidão de necessidades!
Eu já estava para desanimar, quando escutei uma voz ordenando: “Zaqueu, desça da árvore!” Pensei que eu estava delirando, mas ouvi novamente: “Zaqueu, desça da árvore! Hoje eu vou posar em sua casa! Vim para buscá-lo, tirá-lo do sofrimento de alma em que se encontra ... Vim salvá-lo”.
Vocês acreditam que Ele me ouviu sem eu dizer nada, sem eu gritar nada, nadica de nada, nem sequer um suspiro???
“Nossa, como Ele sabe que estou precisando conversar com Ele, urgentemente; que necessito de uma transformação de vida? Como descobriu Ele que minha alma está cega, surda, muda, sedenta e faminta?” Pensei cá comigo! ...
Mais do que depressa e, na minha frente, me antecedendo, ia minha ansiosa alma! E descemos da árvore e O recebemos com uma alegria incomensurável; em júbilo e regozijo de corpo, alma e espírito!
Num segundo, minha vida anterior a esse momento, passou pela minha mente, e vi todos os meus erros, enganos, perversões e pecados passarem diante de mim e se entregarem nos braços do meu Redentor e Salvador e, um arrependimento acompanhado de alívio, tomou conta de meu viver!
Além da clareza da nova Visão, abri minha boca e confessei minhas transgressões e O ouvi clara e nitidamente: “Zaqueu, você está perdoado!” “Não peque mais!”
E estampou-se um sorriso largo em Seu rosto. Seu olhar estava em festa!
A Face do meu SENHOR reluziu e um novo Reino para mim se abriu!
Hoje, vivo modestamente como coletor honesto de impostos e com minha consciência limpa, leve e solta, pois, devolvi, retornei duplamente e quatro vezes mais tudo o que havia defraudado dos outros!
Sou um novo Zaqueu, transformado para honra e glória do Senhor! Vivo alimentado por Sua Palavra e bebo das Águas do Seu Trono, da Fonte de águas vivas!
Psiu! Ei! O que você está esperando? Diga basta a esse tipo de vida errada que o (a) está levando a se enterrar em lama, estando vivo (a)!
Saia desta Cova cavada por você mesmo (a) e pelo mundo em que vive!
Procure por Ele! Vá atrás d´Ele! Transforme-se pelo Toque Miraculoso de Jesus, o Nazareno! Aceite o Seu convite! Receba-O em sua vida! E renasça nesse Colo Santo, Puro e Compassivo!
Até mais! Vejo-os (as) no Dia da Cobrança!!!
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