sábado, setembro 26

A Andorinha e o Fado

Fado é uma canção popular portuguesa, apesar de alguns estudiosos afirmarem que sua origem é brasileira.

Fado é, também, destino, sorte, fadário.

Isso me faz lembrar de um fado português que conta o fado de uma andorinha, à época de migrar, de um local para outro, no inverno.

O fadista, através de uma linda harmonia musical e poética, relata que, chegada a hora de partir, enquanto todas as outras aves já estavam em vôo direto à Primavera, essa pequena criatura de Deus, parada e silente estava à beira do telhado, observando o alegre chilrear de suas companheiras e irmãs de espécie!

Seu olhar triste se elevava ao Céu e retornava ao companheiro de asas feridas...Ele não podia partir...Ela ficaria com ele, não o abandonaria, deixando-o sozinho, sem ninguém, naquele forro, naquela “estalagem”, agora, fria e úmida!

Jamais o abandonaria!...A ele que, junto com ela voavam, pairavam no ar, acima das cidades, campos, mares e longínquas terras, em chilreados alegres, felizes, solidários, sempre companheiros!

No júbilo!...Nos revezes da vida!...Na alegria e na tristeza!...Na saúde e na doença!...

Sei que é apenas uma canção secular...Porém, meu coração vê nela o exemplo de um cristão!
Assemelha-se ao crente que, observando a Caminhada dos outros irmãos em prosperidade, saúde e felicidade, não desanima, nem perde o ânimo e não entrega a Fé, por estar passando por problemas, dores, doenças, sofrimentos, necessidades mil!

Ele não desiste e se mantém firme e ousado, com sua família sofrendo, também, na Igreja, no Corpo de Cristo, esperando Fiel, perseverante e esperançosamente, pela Primavera de Cristo em suas vidas!

E, quando, suas irmãs andorinhas voltam, em migração, encontram a família retida, a recebê-las, de Asas Curadas!

O cristão próspero sempre encontra no crente que passou por problemas e não cessou seu “chilreado em oração”, um exemplo de cristão próspero na FÉ que salva, guarda, protege, cura e restitui cem por um, sessenta por um, trinta por um!

Abandonar o irmão ferido...Nunca!

É preferível ser um samaritano “andorinha” que, apesar de suas imperfeições, cessa seu caminhar, seu “vôo de águia”, pára a sua viagem, atende e cuida de alguém necessitado, “um pássaro ferido”, a ser um sacerdote, um levita e um cristão extremamente apressados e preocupados com suas próprias obrigações, com sua religiosidade, sem sequer olhar para o lado, para o outro, para ninguém, a não ser a si próprio, ao próprio EU!

Ah! Esse “Eumismo” cristão...Tem cura? Tem salvação?

Moral da história:- “Ter ou não ter um Coração quebrantado e servil”...Eis a questão!

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